domingo, 29 de julho de 2012

OAB e FGV - Parceria infernal

Nunca vi uma instituição tão poderosa, que baseada na condição de “sui-generis”, atua ao bel prazer em quaisquer tema que haja interesse próprio, sem controle e limitação.

Considerando-se acima de tudo e de todos, inclusive da lei, recusa-se a limitar o valor da anuidade, cujo valor, se depender da organização, poderá chegar a valores astronômicos, além de estipular importância escorchante para inscrição no exame de ordem. E como são prestadas as contas do valor recebido? Porque ela não é fiscalizada?

E por falar no exame de ordem, a OAB, mais uma vez, juntamente com a Fundação Getulio Vargas, empresa que elabora as provas, apronta contra os candidatos à condição de advogado. Neste ultimo certame, a reclamação foi geral, pois muitos não tiveram sequer a prova corrigida, deixando clara a intenção tão somente de reprovar.

Tal proceder esclarece a falácia de que os baixos índices de aprovação estão relacionados à baixa qualidade de ensino. Na realidade, a OAB não deseja abrir mão dos R$ 200,00 pagos para participação nas provas, e então orienta os critérios de correção, de forma que se ocorra o maior numero possível de reprovação.

Saliente-se que esse entendimento não é somente meu, pois basta consultar o seguinte link e sentir o sentimento geral, inclusive de profissionais que atuam na área:

http://www.portalexamedeordem.com.br/blog/2012/07/desabafo-para-quem-nao-passou-no-exame-de-ordem/

Alguns poderiam dizer que o Poder Judiciário está aí para socorrer àqueles que se sentem prejudicados, através dos remédios constitucionais. No entanto, cabe esclarecer que muitos não possuem recursos para contratar um advogado a fim de lutar por seus direitos, pois já suaram sangue para conseguir o valor da inscrição. São pessoas com recursos limitados e que estão submetidos à sanha da OAB, sem que ninguém faça algo para minimizar a atitude leviana da Ordem.

Além disso, soluções particulares não resolvem a raiz do problema. É necessário uma atitude mais ampla, como transferir para o Poder Executivo, através do Ministério da Educação ou do Trabalho, a responsabilidade pela condução do exame de suficiência.

Tal atitude poderia fazer que se produzisse um exame mais justo, já que não haveria a participação da OAB, entidade amorfa, que visa apenas a arrecadação.

Será que em nosso País existe alguma autoridade com brio suficiente para enfrentar essa Organização nefasta?

Sei que esta mensagem pode ser capaz de alguma transformação e de produzir muitos efeitos, inclusive nenhum, mas, como diz o velho adágio: “a esperança é a última que morre”.






“O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. É o silêncio dos bons”


Martin Luter King

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