O livro tem a introdução escrita pelo escritor irlandês David Mitchell, pai de um autista, que tece críticas à forma como a sociedade encara aqueles que estão no espectro autista, onde "crises e ataques de pânico são vistos como chiliques", oriundos da educação inadequada. Aborda, ainda, a questão do momento do diagnóstico, situação divisora de águas, quando o mundo parece desabar, ainda mais se vier de um profissional despreparado (aqui é no Brasil, é predominante). Em seguida, discorre sobre a busca de orientações através de livros, artigos, textos na internet, visando localizar um direcionamento para traçar um horizonte para a educação da criança.
"Mas, por favor, façam o que fizerem, não desistam de nós. Precisamos da sua ajuda".
A obra é escrita em forma de perguntas e respostas, que ajudam a entender o comportamento do jovem em diversos momentos, o que se passa na sua cabeça quando se utiliza de movimentos repetitivos e esteriotipados; porque faz coisas que não deve, mesmo após ser advertido várias vezes; como se sente ao ser tratado em linguagem infantil.
"Cada vez que alguém me subestima, eu me sinto extremamente infeliz..."
Nas diversas perguntas, o jovem escritor explica porque os autistas demoram a responder, qual a razão de evitar o contato visual e qual o motivo de se negar a fazer o que lhe pedem. Em realidade, os autistas tem pensamentos fugazes e as palavras somem muito rapidamente da sua mente. No diálogo, eles utilizam-se das experiências vividas, que procuram associar ao momento atual visando processar uma resposta, e isso leva tempo, motivo pelo qual não respondem de imediato.
"Para os autistas, viver é uma batalha sem tréguas."
Devido ao espectro ao autismo ser amplo, muitas situações vividas por Naoki não se processam da forma que em outros autistas, mas vários momentos e comportamentos estão presentes na maior parte daqueles que possuem o transtorno.
"O autista absorve o que o cerca de forma tão atenta quanto a irmã não autista" - David Mitchel
O livro ajuda a entender a mente do autista, possibilitando desenvolver estratégias para promover o o seu desenvolvimento, respeitando as suas limitações, e indica como agir nas situações em que seja necessária uma intervenção.
Ahhh. A propósito, em resposta ao título do livro, o autista pula porque isso o faz bem, porque pode sentir as partes do corpo e o deixa feliz e seus sentimentos parecem ir em direção ao céu, e isso é o realmente importa: SER FELIZ.
Ahhh. A propósito, em resposta ao título do livro, o autista pula porque isso o faz bem, porque pode sentir as partes do corpo e o deixa feliz e seus sentimentos parecem ir em direção ao céu, e isso é o realmente importa: SER FELIZ.